Especialistas refletem sobre as possibilidades neste novo ambiente e fazem apostas quanto a criação de novas profissões

O metaverso é uma das apostas do mercado para os próximos anos e já movimenta milhões em algumas áreas, principalmente a da tecnologia.  O termo, que se refere a um espaço virtual compartilhado e a dados descentralizados, já é tido como o sucessor da web móvel, com potencial para influenciar as organizações e reestruturar as formas de trabalho de modo semelhante à ascensão das redes sociais há alguns anos.

De acordo com o site Indeed, entre novembro de 2020 e novembro de 2021, aumentaram em 1.042% os anúncios de emprego que mencionam “metaverso”, enquanto os que utilizam “cripto” como palavra-chave aumentaram 300%. Diante da crescente procura por habilidades centradas nesse novo espaço, será possível observar mudanças no trabalho, bem como nas formas de comprar, socializar, conectar e aprender.

Em entrevista ao Olhar Digital, Jansen Moreira, CEO da Incetive.me, relata que o recurso possibilitará uma interação diferenciada. “No metaverso você consegue pegar com um pouco mais de sensibilidade quem está prestando atenção ou não pela proximidade dos avatares. Você pode promover dinâmicas de grupo interativas. Assim como a mudança de paradigma do treinamento presencial para o virtual, vai chegar o momento em que o treinamento (ou aula) virtual vai acontecer no metaverso”.

Outra alteração será na configuração das profissões. Karen Harvey, CEO e fundadora da consultoria de moda e empresa de colocação executiva The Karen Harvey Company, em conversa com a Vogue Negócios, comenta que está trabalhando com recrutamento para funções relacionadas ao metaverso. Inicialmente, os contratos especificam dois anos, com possibilidade de extensão. Para ela, a criação de cargos como o de “diretor de metaverso” seriam os próximos passos.

O cargo seria responsável por gerenciar a marca, a visão e a missão de uma empresa em mundos e bens virtuais. De acordo com Karen, para fazer a ligação entre as pessoas e os projetos nesse novo espaço, seria preciso entender de avatares, NFTs, jogos, realidade estendida, conhecimento de criptomoedas, blockchain, computação em nuvem, mecanismos de jogos e design digital.

O “diretor de metaverso” seria uma das funções possíveis. O site Giz Modo listou outras. Confira abaixo algumas apostas de especialistas:

 

Cientista de pesquisa do metaverso

O novo ambiente precisa de pessoas que o projetem. O profissional será responsável por idealizar um espaço digital mais acessível, que possa ser acionado digitalmente.

 

Desenvolvedor de ecossistemas

Ele será o responsável pela construção de um ecossistema imersivo em 3D. Entre a sua responsabilidade, estará desenvolver e validar leis e regulamentos, para certificar que eles farão sentido em grande escala.

 

Gerente de segurança do mundo virtual

A quantidade de dados gerada diariamente sobre as organizações, produtos e indivíduos será ainda maior nesse novo espaço. O profissional poderia atuar em caso de problemas com relação à segurança dos sistemas.

 

Storyteller

O responsável pela linha de experiência, desenvolvendo cenários, missões imersivas e oportunidades de marketing para as empresas.

 

Especialista em bloqueio de anúncios

É provável que a venda de anúncios também deverá ocorrer no metaverso. Os profissionais serão responsáveis por pensar em como bloquear anúncios no ambiente, fazendo com que eles não prejudiquem a experiência dos usuários.

 

Fontes:

Olhar DigitalGiz Modo e Vogue Negócios.