O gerenciamento adequado da área é um dos componentes essenciais na estratégia global das corporações atuais

No atual cenário, assegurar a proteção de dados corporativos é um assunto cada vez mais relevante no mundo empresarial. Em tal contexto, o Compliance emerge como um aliado primordial nesse quesito. O termo refere-se ao conjunto de práticas adotadas para assegurar que uma organização esteja em conformidade com as leis, regulamentos e normas aplicáveis ao seu setor de atuação.

No âmbito da tecnologia da informação, ele tem como objetivo principal garantir que as ações e operações da empresa estejam alinhadas com as leis e políticas relacionadas à proteção, privacidade, segurança e governança corporativa.

Sua finalidade, basicamente, é impossibilitar riscos e prejuízos decorrentes do não cumprimento de diretrizes, além de garantir a segurança dos usuários e a confiabilidade dos negócios. Para alcançar tal propósito, se faz necessário que a instituição realize ações tais como a manutenção e um cuidadoso controle sobre a gestão de softwares, hardwares e equipamentos de informática utilizados.

Além disso, a implementação adequada de tais medidas auxilia as organizações a evitar penalidades financeiras, disputas legais e prejuízos à reputação decorrentes de violações ou não conformidade com as normas vigentes.

Outro aspecto de importância sobre o assunto, é a questão da gestão de riscos, que está diretamente ligada ao tema. Ao identificar e avaliar as ameaças existentes, as empresas conseguem adotar medidas de mitigação apropriadas para proteger os seus sistemas e informações. Isso envolve a elaboração de políticas e procedimentos internos, a realização de testes de segurança regulares e a implementação de programas de conscientização e treinamento dos funcionários.

 

A implementação e a criação de papeis e responsabilidades

Para implementar o Compliance em TI de forma eficaz, é necessário o envolvimento de toda a organização, que necessita de um monitoramento para garantir a sua constância e conformidade.

Isso pode ser feito por meio da criação de papéis e responsabilidades, que incluem desde a equipe técnica responsável pelo monitoramento de dados, passando pela área que possui a função de supervisionar o cumprimento dessas regras, até os usuários finais cujas ações afetam diretamente no funcionamento correto do ambiente tecnológico.

Uma vez que o processo é implementado, a próxima etapa é garantir que ele continue sendo cumprido. Para isto, as organizações devem desenvolver ferramentas e mecanismos adequados para monitorar os sistemas de TI e identificar possíveis violações das regras estipuladas. O uso de soluções avançadas com recursos como análise dinâmica, alertas automatizados sobre quaisquer problemas relacionados à privacidade ou segurança da informação e relatórios detalhados podem auxiliar nesse processo.

Ao aplicar as diretrizes, um dos principais aspectos também é a sua conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil e o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia. Tais regulamentações estabelecem diretrizes rigorosas a respeito de como as organizações devem coletar, armazenar, processar e transferir informações.

Dessa maneira, o gerenciamento adequado de tal área dentro da empresa, é uma peça-chave na estratégia global das organizações modernas para lidar com questões relacionadas à segurança e a tecnologia da informação.

Oferecer um ambiente controlado onde todos os processos são avaliados periodicamente permite que as equipes internas identifiquem atividades suspeitas antes que elas causem prejuízos financeiros ou reputacionais às instituições.